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Mais de 30 crianças aguardam vaga em UTI pediátrica por complicações respiratórias em Pernambuco

Publicada em: 01/07/2025 13:29 - Saúde

Estado já confirmou quase 2 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em crianças de até dois anos; governo aponta desaceleração, mas alerta para permanência de riscos. (Foto: Reprodução)

Pernambuco ainda enfrenta os efeitos da alta circulação de vírus respiratórios entre crianças. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), 32 crianças com diagnóstico de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) seguem aguardando, nesta semana, por um leito em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica. O cenário ocorre mesmo após medidas emergenciais adotadas pelo governo estadual e segue sob monitoramento das autoridades de saúde.

O número de casos da doença entre bebês e crianças pequenas permanece elevado. Até o dia 21 de junho, foram confirmados 1.931 casos de SRAG em crianças de até dois anos de idade, o que representa 53,7% do total de registros entre todas as faixas etárias no estado, que somam 3.591 casos.

Embora o Grupo Estratégico de Controle da Sazonalidade tenha identificado, na última reunião realizada na quinta-feira (26), sinais de desaceleração da circulação viral, os técnicos da SES-PE alertam que ainda não é possível afirmar que a tendência de queda será mantida nas próximas semanas.

Desde o fim de maio, Pernambuco está em situação de emergência na saúde pública por causa da superlotação nos leitos de UTI pediátrica e neonatal. Quando o decreto foi publicado, 61 crianças estavam na fila de espera por internação em leitos de alta complexidade.

Como parte da resposta à crise, o governo estadual ampliou a rede hospitalar. Desde março, foram abertos 447 leitos em diversas regiões, sendo 10 deles no Hospital Barão de Lucena, no Recife, que agora conta com 18 leitos de UTI pediátrica exclusivos para casos de SRAG.

O período crítico de circulação dos vírus respiratórios em Pernambuco costuma se concentrar entre março e agosto, exigindo maior atenção com a demanda hospitalar, especialmente entre a população infantil.

As autoridades de saúde recomendam que pais e responsáveis estejam atentos aos sinais de agravamento de doenças respiratórias em crianças, como dificuldade para respirar, febre persistente e sinais de cansaço, buscando atendimento médico o mais rápido possível.

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